segunda-feira, 16 de junho de 2014

Como fazer a internet trabalhar para você.

Olá.

A Macro Office hoje trás para você um artigo muito interessante da revista Época que fala como começar a fazer a internet dar mais retorno financeiro e e profissional para você.
Acompanhe e deixe comentários.

Faça o teste: coloque seu nome, sobrenome e profissão no Google para ver o que vem. Se você tem perfis em redes sociais, mesmo que as use pouco, é quase certo que estarão entre os primeiros resultados. Qualquer presença que você tenha em redes, como Facebook, Google+, LinkedIn ou Twitter, tende a ganhar destaque numa busca. Continue o teste e seja sincero: para sua vida profissional, o resultado é bom, ruim ou indiferente? Pegadinha: a resposta mais perigosa, aqui, é “indiferente”. A não ser que você não queira nada com o trabalho, nem mais dinheiro, nem mais satisfação, as redes sociais fazem muita diferença em sua vida. Isso não vale só para quem procura um emprego. A presença na internet pode redefinir ou garantir o rumo de empregados, desempregados, profissionais autônomos e donos de negócios próprios. “Desenvolver e manter seu perfil na internet é tão importante quanto estar atualizado profissionalmente”, diz Soumitra Dutta, diretor da Escola de Gestão da Universidade Cornell, nos Estados Unidos. A pesquisadora americana Mary Beth Watson-Manheim, da Universidade de Illinois, afirma que os benefícios da boa exposição ocorrem até no uso profissional de redes entre colegas de uma mesma organização. Ao se engajar nesse relacionamento, os profissionais adquirem, geram e adaptam conhecimento. Esse conhecimento, se bem usado, resulta em maior e melhor reputação.

A necessidade de usar bem as redes, profissionalmente, ocupa boa parte do livro Promova-se: as novas regras para uma carreira de sucesso (Editora Cultrix), do consultor e especialista em marketing pessoal Dan Schawbel. “As empresas estão à procura de talentos nessas redes. Se você não estiver ativo, perderá oportunidades”, disse Schawbel a ÉPOCA. Ele merece atenção nesse tema, não tanto pelo que estudou – graduou-se em marketing na Universidade Bentley, nos Estados Unidos –, mas pelo que já fez, apesar de ter apenas 30 anos. Schawbel encontrou realização e dinheiro depois de criar a própria consultoria, a Millenial Branding, especializada em comportamento jovem, de fundar duas comunidades de blogs, de escrever dois livros e de tornar-se colunista de quatro veículos de comunicação (incluindo grandes revistas americanas, como a Time). O perfil dele na rede social LinkedIn revela seu envolvimento atual em cinco projetos.

A paranoia disseminada por comentários nos sites e nas redes sociais.
Schawbel se mostra hiperativo desde a faculdade, quando participou de sete organizações universitárias e oito programas de estágio. Não é preciso ser um dínamo como ele para virar referência em sua área de atuação. Bastam algum planejamento e disciplina (leia os casos dos profissionais nos quadros abaixo). Ainda como estudante, Schawbel chegou a dedicar mais de 100 horas por semana (ou mais de 14 horas por dia) a compreender a dinâmica da influência, da reputação e da autopromoção na internet. Usou textos e vídeos. Descobriu que o efeito desejado ocorre quando você facilita, resolve ou melhora a vida dos outros, em vez de se concentrar em suas próprias qualidades. Quando veio a crise econômica global, a partir de 2008, Schawbel decolou, por causa da preocupação dos americanos em encontrar um novo emprego ou manter-se no antigo. Ele adotou então a meta de acrescentar uma pessoa por dia a sua rede de contatos profissionais.


Começar cedo é uma boa ideia. Átila Iamarino, biólogo e um dos criadores  da rede de blogs de ciência ScienceBlogs Brasil, diz que estudantes podem adquirir, nas redes informação, capacidade crítica e habilidades de comunicação, além de começar a criar um histórico positivo. Schawbel é categórico: considera terrivelmente atrasado o estudante que espera sair da faculdade para começar a pensar em sua imagem profissional na internet.
Antes de sair por aí escrevendo o que vier à cabeça e adicionando todo mundo a sua lista de contatos sem critério, é importante definir uma estratégia. O primeiro passo é escolher o que dizer e a quem. Pense em seus pontos fortes, nos temas de que você entende ou por que é apaixonado e nas necessidades de informação, análise e orientação de pessoas e grupos. Alguns assuntos podem não estar diretamente relacionados a seu trabalho, mas tratar deles pode definir sua imagem do jeito que você escolher – versátil, culto, perspicaz, engraçado, criativo, polêmico, bom vendedor. Evite, porém, parecer autoritário, estridente ou fechado em suas posições. Para Isabella Botelho, fundadora da Pin People, site que promove o encontro de profissionais e vagas, bom de rede é aquele que sabe se colocar, mas sempre está aberto ao debate educado e a outras opiniões. “Os que fazem isso e propõem fóruns e discussões conseguem mais comentários e visibilidade. Não seja egoísta”, diz.

Ao mesmo tempo, escolha que redes usar, com qual finalidade, e compreenda as ferramentas à disposição. Há opções mais óbvias, como Facebook, Google+, LinkedIn ou Twitter. A pesquisadora americana Dawn Gilpin, da Universidade do Arizona, afirma que o Twitter se consagrou nos EUA como rede indispensável para a comunidade de relações públicas – os que trabalham no setor a usam para “compartilhar informação, fazer contatos de trabalho e mostrar seu conhecimento profissional”. Mas existem muitas alternativas. Apenas como exemplo, há redes como Pinterest, boas para compartilhar imagens; Skoob, para quem gosta de livros, de ler e escrever bastante; GitHub, para os profissionais de computação; ResearchGate, uma espécie de Facebook acadêmico para cientistas; e 500px, para fotógrafos.
Para se colocar bem nas redes sociais, é preciso aproveitar o tempo. Aqui vem o segundo grupo de recomendações. Não adianta criar perfis em todas as redes e só acessá-los uma vez por ano. É preciso definir a pauta do dia ou dos próximos dias, escrever, gravar vídeos ou áudios, responder a comentários e verificar o que os outros falam a seu respeito. “Não se inscreva num número maior de redes do que você consegue administrar”, afirma Schawbel. Ele recomenda que o candidato a bom de rede dedique uma hora a selecionar assuntos relevantes para seu público (Schawbel faz isso de manhã). Pense em como tratará o tema – se escreverá um texto opinativo, compartilhará a opinião de um especialista acompanhada de um comentário ou promoverá um debate. “Se você só publicar uma vez por semana, não espere muito resultado. Mas, se for agressivo no ritmo de publicação, poderá romper o ruído (dos concorrentes) e obter reconhecimento”, afirma.




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